As Livrarias mais Emblemáticas de Lisboa
Ao vaguearmos por Lisboa, para além dos edifícios rústicos, cravados a história, e dos seus jardins verdejantes, não passam despercebidas as suas várias livrarias. O tempo fê-las parte das ruas da cidade, tornando-as destinos imperdíveis pelas suas histórias e livros, pois claro. Neste artigo, vamos dar-lhe a conhecer as livrarias mais emblemáticas de Lisboa e que, não por acaso, se localizam perto do Hotel Portuense.
Livraria Bertrand – Chiado
Acredite ou não, esta é a livraria mais antiga do mundo. Fundada em 1732 por Pedro Faure, foi nomeada desta forma em honra dos seus sócios, os irmãos Bertrand. Esta livraria, inicialmente localizada na Rua do Loreto, mudou-se depois do terramoto de 1755 para a Rua Garrett 73-75 (1773). A Bertrand é nacionalmente reconhecida por ser a maior cadeia de livrarias em Portugal e por ter sido um palco de múltiplos debates, levados a cabo por vários escritores da Geração de 1870, como Antero de Quental e Eça de Queirós.
Livraria Ferin
Fundada em 1840, esta é a segunda livraria mais antiga de Lisboa. Pertenceu à família Ferin, que se mudou para Portugal para fugir do Primeiro Império Francês. Antes de ser uma livraria, esta era um espaço para as filhas de Jean Baptiste (o dono da loja) lerem, tendo sido, também, uma loja de encadernação que servia, diretamente, a Família Real Portuguesa.
Localizada na Rua Nova do Almada 72, a Livraria Ferin é relembrada como o lugar de eleição de escritores intemporais, como Eça de Queirós.
Livraria Sá Costa
Esta livraria foi fundada em 1913, pelo editor e livreiro Augusto Sá da Costa. Como tal, dedicou-se a publicar inúmeros livros didáticos, visando aprimorar o que depois seria conhecido como o “Livro Escolar”. Publicou, também, um conjunto de vários clássicos portugueses, desde textos de António Verney e Almeida Garrett a Sá de Miranda, o qual nomeou “Coleção de Clássicos Sá da Costa”. O livro mais antigo da livraria data de 1498, tendo inclusive vendido um livro impresso por Guttenberg. Em 1943, a Livraria Sá Costa instalou-se na a Rua Garrett 100, onde permanece até hoje, ao lado da pastelaria Bénard.
A sua decoração Art Deco, da autoria de Tomás Colaço, é uma inspiração e um “must-see”.
Percebemos, assim, que a história Lisboeta é muito mais do que ruas, edifícios e museus.
É as pessoas, os lugares que construíram e a cultura que disseminaram. Perguntamos-lhe então: porque não tirar o dia para visitar todos estes marcos da história Lisboeta?
Conheça mais sobre a cultura da cidade das sete colinas e delicie-se com a leitura de grandes clássicos portugueses.